Epilepsia - Causas, sintomas e tratamentos
A epilepsia nas crianças, o diagnóstico é muito mais frequente do que nos adultos, uma vez que, na infância, existem várias síndromes.

A Epilepsia é uma síndrome caracterizada por duas ou mais crises epilépticas, ocorrendo com intervalo maior que 48 a 72 horas.
Uma crise epiléptica pode provocar reações que afetam movimentos, sentidos e consciência.
Se você quer saber mais sobre o tema, acompanhe as próximas linhas deste texto.
As várias síndromes da Epilepsia
Dentro da Epilepsia existem várias síndromes e, cada síndrome tem uma evolução específica:
- a idade de início;
- a rapidez com que evolui;
- os tipos de crise que acontecem;
- o quanto responde favoravelmente aos medicamentos;
- se é curável, ou não;
- se afeta ou não o desenvolvimento neuropsicomotor da criança, quando ocorre na infância.
Os tipos de Epilepsia
Há a Epilepsia:
- do Neonato (bebê recém-nascido);
- do lactente até 2 anos;
- da fase escolar;
- de jovens e adolescentes;
- do adulto;
- e do idoso.
A Epilepsia é uma subespecialidade da Neurologia que tem um leque maior de diagnóstico de possibilidades.
Nas crianças, o diagnóstico é mais frequente do que nos adultos, uma vez que, na infância, existem várias síndromes.
O que é uma crise epiléptica?
Crise epiléptica é um evento clínico em que o paciente tem manifestações de várias naturezas que podem ser:
- motoras (algum tipo de movimento);
- sensitivo (quando ele sente cheiros);
- autonômicos (um bolo que sobe desce);
- visuais (alguma ilusão de algumas luzes cintilantes que a gente chama de escotomas luminosos);
- psíquico, com uma sensação, por exemplo, de que eu já estive em algum lugar, que não conheço ou que eu estou em lugar conhecido e parece que eu nunca estive ali; além de sensações de medo.
O paciente pode ter também parestesias, ou seja, dormências ou formigamentos pouco característicos.
Podem haver vários sintomas ou manifestações clínicas que irão ocorrer com tempo e duração variáveis e também, com repetição e frequência variáveis.
Se uma crise se repetir duas vezes ou mais, e com intervalo de tempo maior do que 48 a 72 horas, já podemos falar que o paciente tem ou teve Epilepsia.
Então, a crise epiléptica é apenas um sintoma, que vai compor o quadro clínico de diversas síndromes, que podem ter vários outros sinais ou sintomas. Podemos arriscar a dizer que,
a Epilepsia é um compêndio de Neurologia, praticamente uma outra especialidade.
Alguns tipos de crises epilépticas
- generalizada;
- quando todos os neurônios do cérebro são acometidos pela descarga anormal;
- focais sensitivas;
- focais motoras;
Crises parciais complexas, durante a qual, você não perde totalmente o sentido, apenas estreita o nível de consciência, tendo um desligamento, mas você não desmaia.
Para cada tipo de crise existe um tipo específico de tratamento.
As várias síndromes da Epilepsia
Dentro da Epilepsia existem várias síndromes e, cada síndrome tem uma evolução específica:
- a idade de início;
- a rapidez com que evolui;
- os tipos de crise que acontecem;
- o quanto responde favoravelmente aos medicamentos;
- se é curável, ou não;
- se cursa com alteração no desenvolvimento psicomotor da criança.
Os medicamentos variam dependendo do tipo de crise
Há medicamentos que funcionam para um tipo de crise e já para outro, não. Por exemplo, há um que é específico para crises focais (que afeta só uma parte do cérebro), outro, para Epilepsia generalizada (quando todos os neurônios estão envolvidos).

Entendendo a causa das crises epilépticas
O cérebro é um emaranhado de fios elétricos, como se fosse um computador. São 40-60 bilhões de células e cada uma faz 10 mil conexões.
O problema está nessas conexões, nessa transmissão elétrica. O cérebro tem descargas acontecendo o tempo todo, o que nos permite:
- falar;
- andar;
- correr;
- comer;
- dormir;
- chorar;
- brigar, etc.
Essas descargas acontecem de forma sincronizada, comandando todas as reações do corpo e suas respostas.
Na Epilepsia, durante o distúrbio elétrico, um grupo de células no cérebro (neurônios) começa a descarregar de uma maneira anormal.
Quando essas descargas anormais acarretam manifestações clínicas (sintomas), dizemos que o paciente teve uma crise epiléptica.
Diagnosticando as crises epiléticas
O exame que vai mostrar os distúrbios elétricos no cérebro é o Eletroencefalograma, pois ele registra a atividade elétrica no cérebro.
Além deste, solicitamos exames de imagem, como RNM de encéfalo e/ou tomografia computadorizada de crânio, para descartar alterações estruturais, que possam estar levando a este distúrbio elétrico.
Existe ainda a possibilidade de solicitarmos outros exames para descartarmos causa genética ou metabólica para a síndrome epiléptica, que está sendo investigada.
Dra Thélia Rúbia
Especialista em Neurologia e Clínica Médica, mas, acima de tudo, uma médica, antes de ser especialista.
São mais de 20 anos atendendo a especialidade de Neurologia, vendo o paciente em sua integralidade e não segmentado em partes específicas!
Atende com um olhar mais atento a todos os distúrbios, clínicos ou não, e situações, que possam interferir em todas as dores ou queixas neurológicas, que o paciente possa apresentar.
Fez Residência Médica em Neurologia e Clínica Médica, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e é Formada em Medicina, pela UFJF-MG. Também é Especialista em Eletroencefalograma pelo Hospital São Paulo (UNIFESP).