A Epilepsia foi, por muito tempo, tratada com um certo preconceito.
Epilepsia é uma síndrome caracterizada por duas ou mais crises epilépticas que ocorrem com intervalo de 48 a 72 horas, pois quando ocorrem em menos de 48 horas, é caracterizada como um único episódio.
É importante esclarecer que o significado ruim ou pejorativo que as pessoas portadoras dessa síndrome carregam é muito pesado e não correspondem, nem de perto, ao significado real da patologia.
A Epilepsia era caracterizada como um transtorno mental ou até mesmo como um transtorno espiritual, uma vez que não era encontrada uma causa que justificasse essas crises.
Eram feitas necropsias em pacientes que eram portadores de Epilepsia e não era encontrado o porquê, e por isso, ficava difícil um tratamento para essas pessoas.
Muitas pessoas dizem que algum parente teve um desmaio, mas ao ser questionada, se como desmaio, ela quis dizer que a pessoa perdeu os sentidos, caiu e ficou quieta ou se ela se debateu, é com muita relutância e até mesmo, com certo desconforto que a pessoa confirma que, na verdade, a pessoa que desmaiou se debateu, o que pode caracterizar uma crise epiléptica.
É muito comum encontrar casos de histórico familiar de Epilepsia e ao perguntar de quem isso vem, por exemplo, se da mãe ou do pai, a pessoa já diz: “da minha família não é”.
Antigamente, as pessoas tinham muito preconceito e até mesmo escondiam o fato de que algum parente poderia ter Epilepsia.
É de extrema importância que se investigue o histórico familiar para saber se alguém da família é ou era portador de Epilepsia.
Antigamente não havia tratamento para a Epilepsia.
Antes das décadas de 30 e 40, quando surgiram os primeiros fenobarbitúricos (Gardenal), devido a não haver tratamento para esse problema, era comum que as pessoas tirassem quem tinha essa doença do convívio social e elas eram mantidas dentro de casa esperando pela próxima crise, sendo consideradas incapazes..
Nas décadas de 80 e 90, principalmente em áreas rurais, era comum as pessoas questionarem se a baba (saliva) poderia pegar e as pessoas acreditavam que sim.
Pois bem, a Epilepsia não é uma doença transmissível nem tão pouco uma doença mental.
Há pessoas que eram portadores de Epilepsia e que eram tidos como pessoas incapazes, com distúrbios mentais e até mesmo sob possessões demoníacas. Essas pessoas eram levadas a sessões de exorcismos, a terreiros, etc.
Enfim, até pouco tempo atrás, a vida dos portadores de Epilepsia era bastante difícil.
Como já mencionado anteriormente, na década de 30 surgem os fenobarbitúricos (Gardenal), o que foi um grande avanço, porém, eles controlam alguns tipos de crises, como as generalizadas e eles não são indicados para certos tipos de Epilepsias, então, os médicos iam aumentando as doses dessa medicação, fazendo com que os pacientes ficassem sedados.
Uma vez que todo antiepiléptico é sedativo do sistema nervoso central, as pessoas ficavam lerdas e, portanto, as pessoas achavam que os remédios para epilepsia deixavam os pacientes retardados; mongoloides, termos esses, que se usavam na época.
Como todas as doenças ou disfunções do cérebro, o tratamento é feito a longo prazo porque os neurônios possuem baixa capacidade de regeneração ou cicatrização, então, tudo relacionado ao cérebro leva bastante tempo para se tratar.
É importante salientar que, assim como a diabetes e a pressão alta, algumas síndromes epilépticas podem ser controladas, mas não curadas.
Então, um tratamento para um tipo de síndrome de Epilepsia que tenha cura, pode levar entre 3 a 5 anos. Já para casos em que a síndrome não tem cura, o controle dela é feito por uso de medicamentos por toda a vida do paciente e é muito importante esclarecer que, esses medicamentos não causam dependência ou danos ao cérebro.
O termo usado pelos médicos para a Epilepsia nas décadas de 70, 80 e 90 era Disritmia. Esse é um termo técnico que não existe, porém foi utilizado como uma forma de amenizar o preconceito contra os portadores de Epilepsia, bem como para não assustar o paciente portador desta doença.
Muitas pessoas que têm Epilepsia escondem esse fato, ou por medo, por exemplo, de perder seus empregos se disserem ao patrão que são portadores dessa síndrome, ou pelo medo que as pessoas têm, principalmente quando o portador entra em crise convulsiva.
Na década de 90, surgiu a Microscopia Eletrônica, o que permitiu a descoberta do porquê e onde está o problema de doenças como a Epilepsia, Depressão e Ansiedade.
Uma vez, sabendo-se a causa da doença, foi possível o desenvolvimento de medicamentos para o tratamento da mesma, isso permitiu aos pacientes portadores de Epilepsia levarem uma vida praticamente normal.
Apenas entre 10 a 20% de casos são de difícil controle.
Especialista em Neurologia e Clínica Médica, mas, acima de tudo, uma médica, antes de ser especialista.
Atende com um olhar mais atento a todos os distúrbios, clínicos ou não, e situações, que possam interferir em todas as dores ou queixas neurológicas, que o paciente possa apresentar.
Fez Residência Médica em Neurologia e Clínica Médica, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e é Formada em Medicina, pela UFJF-MG. Também é Especialista em Eletroencefalograma pelo Hospital São Paulo (UNIFESP).
Anderson P., via Google
Devido o stress e toda jornada digital (além de dores musculares), busquei o atendimento da Dra. Thélia para conhecer mais o protocolo REAC, que logo após os primeiros dias senti a mente mais organizada e o corpo descansado. Além do protocolo, a consulta é também uma terapia, por tamanho conhecimento apresentado pela Dra. Thélia. Indico para todos.
Érica S. V., via Doctoralia
A consulta foi excelente, fui muito bem recebida e eu não poderia deixar de colocar aqui o meu agradecimento pela atenção, pela sensibilidade e pela empatia que ela demonstra sempre pelos seus pacientes.
Thiago C. A., via Doctoralia
Uma médica excepcional que enxerga além do corpo. Ela consegue enxergar a sua alma e te explicar como as coisas funcionam de fato!
Uma experiência maravilhosa!
Um grande abraço pra ela!
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