Esta queixa é muito comum em um consultório, de qualquer especialidade, principalmente de um otorrino ou neurologista, atingindo de 15 a 20% da população mundial, podendo chegar até 30% na faixa etária senil!
Trata-se de uma percepção de um som ou “barulho”, pelo paciente, sem uma fonte externa identificável, como origem do mesmo.
Este som ou “ barulho ” pode ter várias frequências (agudas ou graves) e intensidades (volume) diferentes; sendo manifestado, pelos pacientes, de várias maneiras: “ um barulho na cabeça… ”; “ um apito… ”; “ uma chiadeira… ”; uma zoada… ”; “ uma abelha… ”; entre outras caracterizações diversas; sendo percebido, com maior frequência, a noite, quando os sons externos diminuem, trazendo perturbações no sono, no humor; como irritabilidade, ansiedade e até depressão!
Toda sensibilidade de nosso corpo, seja, tato, pressão, dor, temperatura, visão, audição, paladar e olfato, se iniciam em estruturas chamadas receptores, que podem ser ativados por um estímulo mecânico ou químico.
Este estímulo, é transformado, nestes receptores, em estímulo elétrico, que são, então, transmitidos pelos nervos, que funcionam como “fios elétricos”, até chegar no cérebro, onde os mesmos são interpretados por uma rede complexa de neurônios, ali existentes.
Quando temos qualquer distúrbio na percepção destes tipos de sensibilidade, ou o problema está no cérebro, ou no nervo, ou nestes receptores. O zumbido é a percepção, pelo cérebro, de um barulho, que não existe no ambiente externo, podendo ter causas diferentes a depender da localização do problema:
Transtornos de humor (depressão, ansiedade, TOC, transtorno bipolar) podem ser causas de zumbido. Vale a pena salientar que estas doenças podem vir acompanhadas de sintomas psicóticos, como alucinações auditivas, onde a percepção dos sons tem origem em circuitos dentro do cérebro, com ativação interna das células, do córtex temporal auditivo.
Qualquer distúrbio, em qualquer ponto do trajeto do nervo auditivo, pode gerar estímulos auditivos inadequados para o cérebro, que percebe como um som. Como exemplo disto, temos um tumor do nervo auditivo, chamado neurinoma do acústico, ou um meningioma na mesma localização (ângulo ponto-cerebelar), que são tumores benignos, unilaterais, com zumbidos também unilaterais, associados a outros sintomas como tontura, dormência da face e perda auditiva, no mesmo lado do zumbido, sendo uma causa mais rara desta condição.
Qualquer condição que afeta estas estruturas, diminuindo ou interrompendo seu funcionamento, levam a uma perda auditiva temporária ou definitiva, associado a uma intensificação do som percebido pelos receptores ainda saudáveis.
Este estímulo, a mais, é interpretado pelo cérebro como um som extra, não tendo uma origem no ambiente externo. Causas deste distúrbio:
Diante do exposto anteriormente, podemos ver que existem múltiplas causas para o zumbido, que podem ser removíveis ou irremovíveis, sendo que a cura depende da possibilidade de remoção de todas as causas possíveis que o paciente apresente, tendo que abordá-las, em conjunto.
Além de tratar as causas de zumbido, possíveis de tratamento, para os casos de zumbido, com causas irremovíveis, com interrupção permanente da audição, os aparelhos auditivos são uma ótima opção, com alívio importante deste sintoma.
Caso não tenha uma melhora importante, existe a técnica de Terapia sonora, que expõe o paciente a um estímulo sonoro em outra frequência e intensidade, levando cérebro do paciente a se habituar com o zumbido, deixando de percebê-lo. Existe ainda a possibilidade da acupuntura, com resultados reconhecíveis.
A queixa de zumbido é muito frequente e necessita ser valorizada e investigada, pois este sintoma causa muito desconforto para o paciente, diminuindo sua qualidade de vida, podendo ser indício de alguns problemas de saúde, que devem ser sanados para evitar outros tipos de complicações, como perda auditiva severa ou lesões de outros órgãos, por doenças sistêmicas, como a diabetes.
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Especialista em Neurologia e Clínica Médica, mas, acima de tudo, uma médica, antes de ser especialista.
Atende com um olhar mais atento a todos os distúrbios, clínicos ou não, e situações, que possam interferir em todas as dores ou queixas neurológicas, que o paciente possa apresentar.
Fez Residência Médica em Neurologia e Clínica Médica, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e é Formada em Medicina, pela UFJF-MG. Também é Especialista em Eletroencefalograma pelo Hospital São Paulo (UNIFESP).
Anderson P., via Google
Devido o stress e toda jornada digital (além de dores musculares), busquei o atendimento da Dra. Thélia para conhecer mais o protocolo REAC, que logo após os primeiros dias senti a mente mais organizada e o corpo descansado. Além do protocolo, a consulta é também uma terapia, por tamanho conhecimento apresentado pela Dra. Thélia. Indico para todos.
Érica S. V., via Doctoralia
A consulta foi excelente, fui muito bem recebida e eu não poderia deixar de colocar aqui o meu agradecimento pela atenção, pela sensibilidade e pela empatia que ela demonstra sempre pelos seus pacientes.
Thiago C. A., via Doctoralia
Uma médica excepcional que enxerga além do corpo. Ela consegue enxergar a sua alma e te explicar como as coisas funcionam de fato!
Uma experiência maravilhosa!
Um grande abraço pra ela!
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