Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é considerado um Transtorno do Neurodesenvolvimento Infantil , assim como o Autismo, a Dislexia e a Discalculia.
Este distúrbio se manifesta antes da idade escolar, comprometendo funcionalmente o paciente nas áreas sociais e acadêmicas e reduzindo muito a auto-estima.
Além disso, o TDAH pode predispor o indivíduo a outros problemas, como por exemplo:
Dessa forma, pode provocar sérios prejuízos na vida pessoal ou profissional do portador.
A incidência do TDAH varia entre 5 a 11% das crianças, sendo duas vezes mais comum em meninos do que meninas.
Além disso, o diagnóstico precoce é essencial para adotarmos o devido tratamento e acompanhamento com equipe multidisciplinar (neurologista, psicopedagogo e psicólogo).
Os sintomas do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade se originam em uma capacidade de foco e atenção ou concentração reduzida devido a um pensamento acelerado (alta velocidade de processamento mental).
Isso gera uma série de sinais, sintomas e comportamentos desde a idade pré-escolar que podem ser percebidos em mais de 02 ambientes que a criança vive (por exemplo, casa e escola ), sendo persistentes por mais de 06 meses e frequentes levando, assim, a um prejuízo acadêmico ou profissional .
Existem 09 critérios de desatenção e 09 critérios de hiperatividade e/ou impulsividade , sendo que, para o diagnóstico exato, é necessário identificar a presença de 06 critérios de desatenção e/ou 06 de hiperatividade/impulsividade , conforme relação a seguir:
Existem muitos críticos a estes critérios devido a possibilidade de diagnósticos positivos em excesso. Todavia, não existem exames de imagem, laboratoriais ou gráficos para este distúrbio.
Este problema poderá acometer também os adultos, mas com sintomas menos aparentes, principalmente, no que se refere a hiperatividade e impulsividade. Assim, o sintoma identificado com mais facilidade será a desatenção, pois muitos sintomas aparentes nas crianças entram em remissão na fase adulta.
Os testes neuropsicológicos testam a cognição, usando 4 índices: Índice de Compreensão Verbal (linguagem), Índice de Percepção de Raciocínio, Índice de Memória e Índice de Velocidade de Processamento.
Os sintomas do TDAH se devem a um aumento da velocidade de processamento mental de forma isolada, sendo que as outras áreas da cognição não acompanham o mesmo nível de atividade. Assim, o paciente tem uma diminuição da fixação, memória e aprendizado.
Além disso, como a mente está muito acelerada, o corpo tende a acompanhar, levando aos sintomas de hiperatividade e impulsividade.
Apesar de não existir uma causa específica para o desenvolvimento deste distúrbio, ele tem maior incidência em filhos de casais que tenham história familiar ou pessoal da doença.
Pacientes com TDAH devem ser submetidos a tratamento multidisciplinar (neurologista, psicopedagogo e psicólogo) com estabelecimento de uma rotina bem determinada com horários fixos para todas as atividades do dia.
As atividades acadêmicas e profissionais necessitam ser desempenhadas em ambientes sem objetos que possam distrair o paciente, em silêncio, além de ser planejadas em etapas.
Poderemos utilizar as medicações com grande eficácia no controle dos sintomas, apesar de não curarem o distúrbio.
Dentre elas, podemos citar, principalmente, o metilfenidato e a lisdexanfetamina. Além disso, podemos usar alguns antidepressivos como segunda escolha.
Pode também ser necessário o uso de outras medicações para tratar as comorbidades psiquiátricas, muito comuns em pacientes que não são devidamente acompanhados por profissionais de saúde.
O TDAH é um distúrbio no neurodesenvolvimento com bases fisiopatológicas ainda não totalmente compreendidas.
Dessa maneira, apesar de não termos cura para esta condição, existem muitos recursos terapêuticos que permitem uma melhora considerável da qualidade de vida do paciente, por exemplo:
Vale a pena salientar a necessidade de um diagnóstico bem conduzido por profissional competente. Isso porque, nos últimos tempos, temos muitos diagnósticos de TDAH em detrimento de outras patologias.
Existem muitas outras condições que também trazem dificuldade de aprendizado, como:
Assim, devemos levar todas estas condições em consideração antes de determinar este diagnóstico.
Quanto à hiperatividade e impulsividade, devemos considerar condições que também aumentem a velocidade de processamento mental, por exemplo, o Transtorno Bipolar ou pacientes portadores de Altas Habilidades ou Superdotação.
Dessa forma, um diagnóstico errado pode trazer prejuízos sérios e irreparáveis ao paciente, uma vez que o tratamento será conduzido de forma equivocada.
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Especialista em Neurologia e Clínica Médica, mas, acima de tudo, uma médica, antes de ser especialista.
Atende com um olhar mais atento a todos os distúrbios, clínicos ou não, e situações, que possam interferir em todas as dores ou queixas neurológicas, que o paciente possa apresentar.
Fez Residência Médica em Neurologia e Clínica Médica, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e é Formada em Medicina, pela UFJF-MG. Também é Especialista em Eletroencefalograma pelo Hospital São Paulo (UNIFESP).
Anderson P., via Google
Devido o stress e toda jornada digital (além de dores musculares), busquei o atendimento da Dra. Thélia para conhecer mais o protocolo REAC, que logo após os primeiros dias senti a mente mais organizada e o corpo descansado. Além do protocolo, a consulta é também uma terapia, por tamanho conhecimento apresentado pela Dra. Thélia. Indico para todos.
Érica S. V., via Doctoralia
A consulta foi excelente, fui muito bem recebida e eu não poderia deixar de colocar aqui o meu agradecimento pela atenção, pela sensibilidade e pela empatia que ela demonstra sempre pelos seus pacientes.
Thiago C. A., via Doctoralia
Uma médica excepcional que enxerga além do corpo. Ela consegue enxergar a sua alma e te explicar como as coisas funcionam de fato!
Uma experiência maravilhosa!
Um grande abraço pra ela!
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