Muitas são as dúvidas no que tange às complicações pós COVID-19, que podem comprometer a saúde do paciente.
O COVID-19 é um vírus típico que causa processos de infecção de vias aéreas superiores. A infecção, causada por ele, de fato, leva a um quadro clínico muito parecido com o da gripe, mas pode ter também outros sintomas associados.
Os sintomas mais típicos da primeira fase, ou seja, fase de infecção do vírus são a febre, dor de garganta, dificuldade de engolir e tosse seca. Em alguns casos, o paciente pode ter perda de olfato e paladar, diarreia, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, entre outros sintomas.
A grande maioria das pessoas que contraem o COVID-19 evoluem com poucos sintomas associados à infecção.
No entanto, existem aquelas que têm febre recorrente ou persistente e evoluem com uma resposta inflamatória exagerada e não adequada.
Em alguns pacientes que desenvolvem a forma grave da doença, o sistema imunológico começa a reagir de uma maneira intempestiva.
Então, os anticorpos começam a atacar estruturas do próprio corpo e isso é bastante prejudicial.
As principais células alvo seriam as pulmonares, onde há maior presença do vírus. Além disso, as estruturas responsáveis pela coagulação (fatores de coagulação) também tornam-se alvo, fazendo uma tempestade de citocinas no organismo e criando um padrão de coagulação exagerado.
Além disso, outros órgãos alvos são o fígado, o rim, coração e o cérebro.
Nem todos os vírus são capazes de atravessar a barreira hematoencefálica (estrutura que protege o Sistema Nervoso Central), mas o coronavírus chega ao cérebro com facilidade.
Então, quando ele atinge o cérebro, gera uma infecção no local e pode causar certas alterações. Também o vírus da Dengue e da Zica podem agir desta forma.
Geralmente, as sequelas do COVID-19 estão associadas, principalmente, aos pacientes graves que ficaram longos períodos na UTI.
Como principais sequelas, podemos citar:
Claro que todas estas sequelas podem variar conforme o quadro do paciente enquanto ele esteve na UTI.
Um ponto que sabemos é que, caso o vírus atinja o cérebro, este tecido é muito friável e sensível e demora muito para recuperar.
Então, pacientes que sofrem abalos no cérebro demoram um tempo enorme para poder recuperar a disposição para as atividades físicas e mentais em comparação ao quadro antes dele sofrer a lesão cerebral.
Atualmente, existem muitos relatos de pacientes que tiveram quadros leves, mas apresentam problemas de cansaço, dificuldade de memorização e dificuldade de dormir.
Neste ponto, devemos frisar que a COVID-19 é uma doença ainda muito recente. Na ciência médica, precisamos de tempo e muitos estudos para ter algumas certezas.
Ou seja, ainda precisamos de mais tempo para sabermos ao certo quais as complicações do COVID-19 em pacientes que tiveram formas leves da doença.
No entanto, já podemos observar alguns pontos. Por exemplo, muitos pacientes apresentam um quadro encefalítico e podem ficar cansados, sendo necessário alguns meses para recuperarem a energia.
Além disso, há a possibilidade de desenvolverem uma trombose, uma vez que o vírus interfere no sistema de coagulação.
Então, o paciente pode ter uma trombose venosa profunda, que é a formação de trombos nas veias profundas da perna, com risco de um coágulo se soltar e ocasionar uma embolia pulmonar.
Os pacientes podem também ter outros tipos de trombose, como a trombose dos seios venosos no cérebro, que também é um quadro grave
Outro ponto importante é que a doença mexe com o sistema imunológico, que pode passar a atacar a bainha de mielina dos nervos, ou seja, a capa de proteção dos nervos periféricos.
Isso pode ocasionar uma doença conhecida: Guillain-Barré (SGB) ou Polirradiculoneurite aguda (PRN).
Nestes casos, o paciente tem um quadro de fraqueza que começa nos pés e vai acendendo para os braços, além de desenvolver uma dificuldade respiratória, que pode ser grave.
Não sabemos ainda, com certeza, se o paciente pós COVID poderá ter maior facilidade no desenvolvimento de outras doenças, como lúpus ou algum outro problema autoimune; além de doenças neurodegenerativas, como Parkinson ou Alzheimer.
Devemos lembrar que grande parte desses sintomas não é proveniente exclusivamente do coronavírus e podem ocorrer graças a infecções causadas por outros vírus também.
Pode ocorrer também do paciente evoluir para um quadro de síndrome pós-traumática após contrair o COVID-19.
Isso porque, esta infecção está sendo muito associada a uma patologia grave e que pode matar.
Então, as pessoas começam a desenvolver aquela sensação de que se pegar o vírus irá morrer, perdendo o significado relativo dos fatos.
Dessa maneira, é bastante comum que pacientes desenvolvam a síndrome pós-traumática, acompanhada de uma depressão ou ansiedade de difícil controle.
Todos esses distúrbios perturbam a qualidade do sono, a capacidade de concentração e a memória. Além disso, esses quadros geram muito cansaço e pouca disposição.
Todos esses sintomas psiquiátricos podem diminuir significativamente a qualidade de vida dos indivíduos no pós COVID.
No geral, quando temos um caso de paciente no pós COVID que apresenta uma série de sintomas, o ideal é fazer uma investigação muito detalhada para entender o que pode estar ocorrendo.
Assim, buscamos realizar todos os tipos de exames para investigar a existência de doenças de todas as naturezas.
Então, caso você ou algum conhecido estejam passando por esse tipo de dor, o ideal é que procurem um profissional competente para poder investigar de maneira adequada o quadro.
Dessa maneira, poderemos tratar as condições que estão afetando a qualidade de vida, além de orientar e desmistificar muitas questões.
Mas, acima de tudo, é preciso que fique claro que a maioria das pessoas evoluem muito bem quando contraem este vírus, e não o contrário.
Além disso, todas estas complicações que citamos aqui podem ocorrer devido infecções de uma série de outros vírus, não sendo exclusividade do COVID-19.
Então, vamos olhar para esta questão de forma responsável e colocar o problema de forma correta e real.
Caso você sinta necessidade, procure um médico especialista para lhe auxiliar a tratar as complicações pós COVID-19!
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Especialista em Neurologia e Clínica Médica, mas, acima de tudo, uma médica, antes de ser especialista.
Atende com um olhar mais atento a todos os distúrbios, clínicos ou não, e situações, que possam interferir em todas as dores ou queixas neurológicas, que o paciente possa apresentar.
Fez Residência Médica em Neurologia e Clínica Médica, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e é Formada em Medicina, pela UFJF-MG. Também é Especialista em Eletroencefalograma pelo Hospital São Paulo (UNIFESP).
Anderson P., via Google
Devido o stress e toda jornada digital (além de dores musculares), busquei o atendimento da Dra. Thélia para conhecer mais o protocolo REAC, que logo após os primeiros dias senti a mente mais organizada e o corpo descansado. Além do protocolo, a consulta é também uma terapia, por tamanho conhecimento apresentado pela Dra. Thélia. Indico para todos.
Érica S. V., via Doctoralia
A consulta foi excelente, fui muito bem recebida e eu não poderia deixar de colocar aqui o meu agradecimento pela atenção, pela sensibilidade e pela empatia que ela demonstra sempre pelos seus pacientes.
Thiago C. A., via Doctoralia
Uma médica excepcional que enxerga além do corpo. Ela consegue enxergar a sua alma e te explicar como as coisas funcionam de fato!
Uma experiência maravilhosa!
Um grande abraço pra ela!
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