Tonturas: Uma Abordagem Detalhada sobre Causas e Tratamentos pela Dra. Thélia Rúbia
Olá, como vão vocês? Aqui quem fala é Dra. Thélia Rúbia Moreira Dias, médica neurologista formada pela Universidade Federal de Juiz de Fora com especialização em Fisiologia na USP em São Paulo.
Hoje, vamos conversar sobre um sintoma muito comum nos consultórios: a tontura. Embora frequentemente relatada, a tontura é um termo abrangente e pouco específico, exigindo uma avaliação cuidadosa para caracterizar adequadamente o que o paciente está realmente experienciando.
Entendendo a Vertigem e a Disfunção do Labirinto
Tonturas podem ser rotatórias, conhecidas como vertigem, geralmente relacionadas a disfunções no labirinto, uma estrutura dentro do ouvido interno responsável por informar ao cérebro a posição da cabeça.
Uma das causas mais comuns de vertigem em todas as idades é a Vertigem Paroxística Posicional Benigna (VPPB), que, apesar dos sintomas alarmantes, é uma condição benigna desencadeada por estresse físico, mental ou emocional.
Causas Comuns de Disfunções Labirínticas
Além da VPPB, outras patologias podem afetar o labirinto. A Síndrome de Ménière, por exemplo, envolve um aumento da pressão do líquido dentro do labirinto, causando vertigem, zumbido e uma sensação de pressão no ouvido.
Problemas que afetam o nervo vestibulococlear, como AVCs ou neurinomas do acústico, também podem resultar em sintomas similares à vertigem rotatória.
Diferenciando Tonturas de Outros Sintomas
A pré-síncope, outro tipo comum de tontura, é caracterizada por um escurecimento visual que pode levar ao desmaio devido a um fluxo sanguíneo cerebral insuficiente.
É crucial diferenciar esses episódios de outras causas cardíacas ou situações como hipotensão postural, especialmente em idosos, onde a resposta cardiovascular é mais lenta.
Abordagens de Tratamento
O tratamento para tontura varia significativamente dependendo da causa subjacente. Para vertigens como a VPPB, utilizam-se medicamentos antivertiginosos, como betaistina ou cinarizina, e terapias para manejar náuseas e vômitos.
Em casos de pré-síncope ou outras condições relacionadas ao fluxo sanguíneo, o tratamento pode incluir ajustes na medicação ou mudanças no estilo de vida para melhorar a função cardiovascular.
Conclusão
Embora a tontura possa ser um sintoma perturbador, é frequentemente de causa benigna. No entanto, é essencial procurar avaliação médica para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.
Através de uma história clínica detalhada e exame físico, podemos determinar a origem das tonturas e proporcionar alívio eficaz para nossos pacientes.
Foi um prazer compartilhar essas informações com vocês hoje, e até a próxima. Um beijo, e que Deus os abençoe!
Este conteúdo visa fornecer uma compreensão mais profunda sobre as tonturas, suas causas e tratamentos, reforçando a importância de uma avaliação médica especializada para qualquer pessoa que experimente esses sintomas.
Dra Thélia Rúbia
Especialista em Neurologia e Clínica Médica, mas, acima de tudo, uma médica, antes de ser especialista.
São mais de 20 anos atendendo a especialidade de Neurologia, vendo o paciente em sua integralidade e não segmentado em partes específicas!
Atende com um olhar mais atento a todos os distúrbios, clínicos ou não, e situações, que possam interferir em todas as dores ou queixas neurológicas, que o paciente possa apresentar.
Fez Residência Médica em Neurologia e Clínica Médica, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e é Formada em Medicina, pela UFJF-MG. Também é Especialista em Eletroencefalograma pelo Hospital São Paulo (UNIFESP).